terça-feira, 11 de novembro de 2014

Alckmin pede R$ 3,5 bi a Dilma para combater falta d’água em SP

Presidente quer detalhamento de cada obra antes de anunciar contribuição do governo federal

"Precisamos do máximo de recursos que puder", disse Alckmin  Serginho da julio.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu, nesta segunda-feira (10), uma ajuda financeira de R$ 3,5 bilhões para a presidente Dilma Rousseff, durante uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília.  
Alckmin se reuniu com a presidente, com o diretor-presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu, e com as ministras Miriam Belchior (Planejamento) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para discutir a seca de São Paulo.

Alckmin apresentou um projeto de oito obras estruturantes, que ficariam prontas nos próximos três anos, para garantir a segurança hídrica do Estado. Segundo ele, o governo de São Paulo espera receber ajuda do governo Federal, por meio de recursos do Tesouro ou por financiamento, para garantir o abastecimento de água para a população.
— Precisamos do máximo de recursos que puder. A parceria [entre o governo Federal e o governo de São Paulo] não é novidade. Acaba a eleição e a população quer soluções concretas e os recursos devem ir para onde há necessidade.
No projeto apresentado pelo governo de São Paulo, estão listadas obras de interligação de rios e represas com o reservatório de Cantareira, construção de estações de produção de água de reúso e escavação de poços artesianos.
A ministra do Meio Ambiente criticou o projeto e avaliou que nenhuma das obras vai resolver o problema emergencial de São Paulo. Segundo ela, as construções que o governo paulista pretende fazer não têm nenhuma relação com a seca que a população enfrenta atualmente.
— Essas obras não dialogam com a crise atual. O governo de São Paulo não pediu nada para obras emergenciais, para solucionar a crise deste momento.
Mais detalhes
Já a ministra do Planejamento chamou atenção para a ausência de obra estruturante, de longo prazo, que solucione de vez o problema da crescente demanda frente à escassez de recursos hídricos.
Miriam Belchior informou que a presidente Dilma sugeriu maior planejamento e pediu um relatório detalhado, da importância de cada obra, para solucionar a crise de água. Segundo a ministra, o ofício apresentado por Alckmin explicava em três linhas cada projeto e a presidente não ficou satisfeita.
Por isso, Dilma marcou uma nova reunião antes de decidir com quanto o governo federal vai contribuir para o projeto. De acordo com Miriam Belchior, até o valor global pode ser repassado.
— Não se discutiu montante de recursos, depende da nossa capacidade e, fundamentalmente, depende da importância das obras a serem realizadas. Se estiverem claras a importância dessas obras para o abastecimento de água da região metropolitana, poderemos até apoiar tudo.
Para facilitar o diálogo, foi criado um grupo de trabalho com ministros e secretários estaduais de São Paulo. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-fera (17), para que o governo paulista apresente o projeto de cada obra, com a situação e a importância de cada uma.
Somente depois desse novo encontro, Dilma vai decidir de quanto será a ajuda para o governo paulista. A expectativa é de que os primeiros anúncios comecem a ser feitos na próxima semana, quando a presidente retornar da reunião do G-20, que será realizada na Austrália.
Uma das primeiras medidas deve ser a liberação de R$ 1,8 bilhão para o sistema produtor do rio São Lourenço, que fica a 80 quilômetros de São Paulo. O objetivo é construir uma adutora que vai abastecer o reservatório de Cantareira com 4,8 m³/s de água. No entanto, a obra não faz parte do projeto apresentado por Alckmin.
Situação controlada
Apesar das duras críticas sofridas durante a campanha eleitoral e da crise de abastecimento no Estado, o governador de São Paulo garante que a situação está controlada. De acordo com Alckmin, a população não corre risco de ficar sem água.
— São Paulo enfrenta esta que é a maior seca dos últimos 84 anos, com planejamento, com obra e com uso racional da água. São Paulo não tem racionamento de água, o abastecimento está garantido. Nós estamos tratando são de obras estruturantes, necessárias, não agora no curto prazo, para amanhã, mas para a segurança hídrica da região metropolitana.
                 Serginho da Julio !!

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